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CPI ouve especialista em gerenciamento de asfaltos

Segundo o engenheiro são necessários planejamento e prevenção para solução em Ribeirão
CPI ouve especialista em gerenciamento de asfaltos

Fotos: Aline Pereira

Os vereadores da CPI que apura irregularidades nos serviços executados pela operação Tapa-Buraco, realizaram nesta tarde (25), reunião na sala de comissões do legislativo. O encontro contou com a participação de representantes de entidades ligadas ao tema, e do professor doutor da USP de São Carlos, José Leomar Fernandes Júnior - engenheiro e coordenador de projetos de implantação de Sistema de Gerenciamento de Pavimentos Urbanos.

Os parlamentares apresentaram fotos das diligências da CPI onde acompanharam a execução dos serviços de tapa-buraco pelas equipes responsáveis. 

"Constatamos que o material é muito frágil e sai facilmente dependendo  do tráfego.  Além disso não havia qualquer sinalização por parte da Transerp no momento da execução, causando riscos a quem transita", disse Alessandro Maraca (MDB) - presidente.

Maraca lembrou também que a prefeitura informou ter apenas duas equipes próprias em operação, sendo complementadas por prestação de serviço terceirizado. Além de que, em depoimento à CPI, o ex-secretário de infraestrutura revelou que a pasta não tinha quaisquer ferramentas para a realização dos serviços de acordo com as normas técnicas. E as investigações mostram que não há sequer cronograma de atividades para a execução do serviço.

O professor José Leomar abordou a prevenção como principal item para evitar acidentes. Segundo ele, o planejamento de toda a malha viária é imprescindível para se descobrir as prioridades e trabalhar com os recursos que serão sempre inferiores às atividades. Fez também uma analogia entre os problemas da malha viária e problemas da saúde pública, que deve atuar fortemente na prevenção de doenças com equipe técnica competente, para que os casos diminuam e as soluções paliativas ocorram em menor escala.

"A manutenção corretiva, que são os serviços de tapa-buraco, não pode ser feita em um segmento em que haja necessidade de se fazer muitos remendos. Esta é a forma menos econômica de agir e o paliativo muitas vezes não vai funcionar", afirmou.

José Leomar revelou ainda que levantamentos realizados em quatro cidades do interior paulista mostraram que 60% dos remendos feitos no asfalto estão ligados às companhias de água e esgoto, sendo necessário que haja base de dados comum para o Daerp, que deve ter critérios para priorizar através de planejamento. 

Por Marco Aurélio Tarlá